sexta-feira, 6 de julho de 2012

terça-feira, 3 de julho de 2012

Galeria Maria Soto

Es la una pintura de primor donde la fidelidad al modelo alcanza niveles de excelencia. Y es que Soledad Fernández hace de la similitud una realidad cuasi mágica, como se pone de relieve en la exposición presentada en la Galería Maria Soto, de Torre del Mar, Costa del Sol, hasta comienzo del año que viene, con 24 piezas que conforman cuatro bloques temáticos, entre los que el dedicado al desnudo aparece como cuestión recurrente en el discurso de esta pintora, residente en la Sierra de Madrid.

Soledad Fernández es una profesional que auna su dibujo diestro con la aplicación correcta de procedimientos cromáticos. Y esa interrelación de oficio y de sensibilidad en el tratamiento de las cuestiones que afronta, posibilitan un acabado marcado por el verismo al paisaje que contempla, interiores o exteriores, o composiciones como "El Mantón" que se reprodujeron en una emisión de sellos de correos en el año 2004, desnudos... pinturas de calidad que han sido galardonadas en importantes certámenes nacionales de arte; expuestas en galerías y salones de toda España; y apetecidas por coleccionistas que buscan un trabajo hecho a conciencia, grato y abierto a múltiples diálogos.

La exposición de Soledad Fernández, en la Galería Maria Soto, de Torre del Mar, Málaga, se clausurará el 9 de enero de 2010.

domingo, 1 de julho de 2012

Texto de Leonel Moura- Jornal de Negócios

O darwinismo social anda de novo por aí. Nos discursos oficiais, no programa dos governos, nas políticas europeias, na cabeça de intelectuais e comentadores. Resume-se numa ideia simples. Só os mais fortes sobreviverão aos desafios do tempo presente. Os fracos serão varridos.

O darwinismo social surgiu em finais do século 19 aplicando algumas ideias de Darwin à sociedade humana. Darwin não teve culpa, nem voz na matéria. Mas a sua teoria da seleção natural que favorece os mais aptos e mais fortes, eliminando os inadaptados e fracos, serviu bastante bem aos defensores daquilo a que agora chamamos neoliberalismo e, no extremo, conduziu, entre outras coisas, ao fascismo, às raças superiores e ao extermínio dos judeus, ciganos e outros grupos considerados decadentes pelos nazis.

Fora de moda por algum tempo, o darwinismo social tem vindo a ganhar terreno nos últimos anos pelo efeito conjugado do forte stress ambiental provocado pela emergência das novas tecnologias e pela sobrevalorização do chamado mercado livre (que, diga-se de passagem, de livre não tem nada). A revolução tecnológica em curso tem levado a fenómenos de inadaptação em massa, enquanto a desregulação dos mercados tem provocado sucessivas crises financeiras e políticas e cavado um fosso cada vez maior entre ricos e pobres. Neste contexto, vai emergindo um conjunto de ideias e práticas que sobrevalorizam a competição, a lei do mais forte, os nacionalismos, a arrogância, as segregações de toda a a espécie.

É assim que hoje usamos palavras que nos parecem ajustadas mas que, vistas de perto, derivam da visão do darwinismo social. Competitividade, por exemplo, uma das mais vulgarizadas, reproduz o mecanismo da seleção natural, no qual só os que são muito competitivos conseguem vencer. Os outros, sejam eles pessoas ou países e a quem falta o "killer instinct", condenam-se ao ostracismo e à extinção